Assassin’s Creed: Crônicas de um fã (parte final)

Posted: February 17, 2014 in Opinião Alheia
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Animus-VR

Reiniciando Animus Omega...

(Abstergo Entertainment. 2014. Todos os direitos reservados).

 

 

Recuperando memória 1 e memória 2...

 

 

Bem-Vindo colaborador 71486.

Carregando memórias da amostra 555.

........................................................100%

Divirta-se.

 

12 de janeiro de 2014

Chipre, uma ilha do Mar Mediterrâneo que fica próxima ao oriente médio, foi conquistada em 1191 pelo Rei Ricardo Coração de Leão durante a época da terceira cruzada para Jerusalem. Um ano depois o rei vendeu a terra para os Cavaleiros Templário, que começaram a controlar toda a ilha. (true story).

Altair_BloodlinesNa população, porém, crescia um sentimento de revolta contra os seus novos “donos”. É nesse palco que Altair Ibn-La’Ahad entra em cena e Assassin’s Creed Bloodlines inicia.

Hoje em dia o game traz um ar nostálgico do primeiro Assassin’s Creed. Seja pela ambientação (Chipre não é muito diferente de uma Jerusalém ou Acre) ou por ser a sequência da história de Altair.

Enquanto realizo as curtas missões do jogo (Afinal, é um game para portátil) me pego pensando em como muitos aspectos dele poderia ser melhor explorados em um remake HD. Muito desse desejo vem justamente pela proximidade do relançamento em alta definição de outro game portátil da série, Assassin’s Creed Liberation, do PS Vita.

Mas Bloodlines é um jogo de 2009, uma época em que a série tinha uma filosofia bem diferente. Seria comercialmente viável para a Ubisoft apostar somente na nostalgia dos fãs? Ah, devaneios de um fã de Assassin’s Creed…

Alerta! Falha no Animus  Alerta! Falha no Animus

 

Reorganizando as memórias...

 

Sincronizando memórias desconhecidas.

 

Amostra de Milton Jones.

Em algum momento de 1736

Próximo à costa da cidade de Porto Príncipe, o Experto Crede veleja calmamente pelas águas do caribe. Antes um navio negreiro, o brigue começa a ganhar uma reputação entre os locais por justamente libertar escravos de outros navios negreiros.

Ganhando uma reputação maior ainda está a misteriosa figura do capitão do navio, um ex-escravo conhecido somente pelo nome de Adéwalé. Sozinho em sua cabine, ele escreve, pensativo, uma carta.

Ah Tabai,

Sei que tenho estado longe da Irmandade há algum um tempo, mas assuntos importantes me prendem a região de São Domingo. Ajudar na revolta dos Maroons em Porto Príncipe tem despertado em mim um sentimento adormecido desde a juventude, na época em que eu era um simples escravo nas plantações de açúcar em Trinidad.

Aqui não estou enfrentando templários, mas luto por algo que você, como mentor dos Assassinos, me ensinou durante esses últimos anos: a liberdade dos homens. Para isso, tenho até retornado as práticas da pirataria, algo que tinha prometido nunca mais fazer.

Porém agora percebo que isso pode ser usado para algo melhor do que ganância e enriquecimento próprio. Sinto que tudo que aprendi e passei ao lado de Edward Kenward pode ser usado para uma causa maior.

Aqui lutamos por algo mais próximo aos ensinamentos da Irmandade e quando sentir que o meu papel estiver terminado, retornarei para o lado dos meus irmãos assassinos.

Seu discípulo.

Adé.

Um bater à porta tira a concentração de Adéwalé.

– Capitão, um navio negreiro foi avistado a poucas léguas

– Ótimo. Vamos ecoar mais uma vez o nosso Grito de Liberdade.

AC4-FC_1

Recuperando memórias da amostra 555

 

Recarregando...

25 de janeiro de 2014

Aveline_damaAveline de Grandpré é uma deusa assassina, uma louca dama e uma feiticeira escrava em Assassin’s Creed Liberation HD (Essa troca de personalidade é o que mais chama a atenção na jogabilidade do game). Mas o que ele não é, é ser antepassada de Desmond. Sim, isso é explicado no contexto do jogo (e depois em Black Flag). Sim, a explicação faz muito sentido.

Mesmo com todas essa facetas, prefiro ver Aveline como “uma batman”. Explico. Durante o dia ela uma dama, a filha de um rico mercador e quem praticamente toma conta dos negócios da família. A noite, porém, ela realiza suas missões de assassina. Seja caçando inimigos da Irmandade ou libertando escravos. A Gotham de Aveline é a Nova Orleans do século 18, um lugar bastante movimentado pelas constante troca de poder local. Originalmente uma colônia francesa na América do norte, a cidade passou a ser controla por espanhóis em 1763. É nesse período que o jogo acontece.

Antes chamado de Assassin’s Creed III: Liberation, para PS Vita, agora o jogo renasce em alta definição. Sai o “III” do título (afinal, continuar sendo associado ao criticado terceiro jogo não seria uma boa) e entra o “HD”, um sobrenome que é quase um “Silva” para títulos de videogames.

Pena que, mesmo após o “retoque” nos gráficos (o que realmente o deixou mais bonito), o game ainda está limitado a sua origem de portátil. Isso significa missões curtas, pouco variadas e uma narrativa bem superficial e que, por vezes, não nega o “parentesco” com Assassin’s Creed III.

Para alguém em meu estado de vício pela série, ele é um bom jogo. Para as demais pessoa, é o típico jogo nota 7 ou 7,5. Longe de ser ruim, mas nem de perto um primor.

28 de janeiro de 2014

Alonzo-Batilla

“Um feroz capitão francês conhecido como La Buse construiu sua reputação durante a era de ouro dos piratas. Quando finalmente foi pego, deixou uma mensagem que instigou a todos por séculos. Um enigma, um criptograma, um mapa para seu tesouro. Agora, a Abstergo a finalmente achou a chave para esse mistério…

Jogue como Alonzo Batilla e Participe de batalhas navais em tempo real por todo o Mar do Caribe.

Viva uma aventura que revelará a verdade sobre o misterioso tesouro perdido de La Buse.”

É difícil olhar Assassin’s Creed: Pirates, o jogo para Android e iOS, e não vê nele um produto caça-níquel. Porém… ah, quem estou querendo enganha. Sim, ele é um caça-níquel. O game estampa o título Assassin’s Creed só para chamar a atenção (de gente como eu).

Por baixo, ele até se apresenta como um bom game que usa de foram satisfatória a tela de toque em batalhas navais, mas a verdade é que Pirates usa o nome Assassin’s Creed em vão.

29 de janeiro de 2014

HK

Haytham Kenway

Ao revirar a última página de Renegado, o livro baseado em Assassin’s Creed III, logo veio aquela típica sensação de vazio após terminar algo que vem consumindo há algum tempo. Mas agora, esse vazio também vem acompanhado por uma pergunta: “Por quê?”.

Por que isso não está no jogo? Por que não fizeram nem um DLC sobre o Haytham? Por que precisei ler o livro pra amarrar as pontas soltas deixadas na história do jogo?

Renegado mostra Haytham Kenway como um personagem tão mais interessante e merecedor de um jogo próprio que dá pena do Connor. A Ubisoft limitou uma história que daria um bom Assassin’s Creed para as páginas de um livro.

30 de janeiro de 2014

Com o término de Assassin’s Creed Liberation HD e a expansão de Black Flag, Freedom Cry, percebo que minha, digamos, abscessão por Assassin’s Creed deve diminuir. Não por falta de interesse, mas porque não tem mais nada para consumir da série.

Pelo menos, esses últimos jogos deixam um caminho mais promissor para o próximos. Para além dos piratas, a temática de revoluções de escravos combina melhor com Assassin’s Creed.

Freedom Cry, principalmente, mostra como o tema é um rico ambiente para se criar ligações com as atividades de Assassinos e não só isso, apresentar novas formas de jogabilidade, como os resgates de escravos, em terra e também no mar.

 

Encerrando as atividades no Animus Omega...

 

 

Por favor, reporte seu relatório para um supervisor da Abstergo Entertaimemt.

 

 

All_Assassins

Não sei se vou estar animado quando mais um Assassin’s Creed sair esse ano (porque sim, vai sair mais). Após esse meu mais recente vício pela série, consumindo tudo que podia e até voltando por breves momentos aos jogos anteriores, percebi que o que deixa  Assassin’s Creed único (e talvez o motivo do meu fascínio pela série) é saber ambientar tão um momento ou evento histórico. Além de representar perfeitamente os locais e figuras reais do passado.Você imerge dentro da história e quer continuar por lá.

Porém, a cada novo jogo, toda a ficção criada em volta desse contexto, sobre assassinos e templários, civilizações perdidas e objetos sobrenaturais vão ficando mais e mais vazias, sem inspirações e mal desenvolvidas. Mesmo novos elementos a essa trama que foram apresentados em Black Flag, como os Vials e os Sages, não parecem melhorar esse plot. Pena.

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